sábado, 23 de julho de 2011

A AÇÃO SAGRADA - Parte 3

3. A Santa Missa

Assim como o Novo Testamento é superior ao Antigo, também o novo Sacrifício, o novo culto, é mais valioso que o antigo. "Para alcançar a redenção eterna, ofereceu-se Jesus Cristo, uma vez no altar da Cruz". Êste seu Sacerdócio, porém, não devia terminar com a sua morte. Por isso, ofereceu na véspera de sua Paixão o seu Corpo e i seu Sangue, na última Ceia, sob as espécies de pão e de vinho, deixando assim um Sacrifício que continuaria o da Cruz, guardando a sua lembrança até o fim do mundo e comunicando os seus salutares frutos para a remissão de nossos pecados. (Concílio Tridentino, Sess. XXII c. 1)

No sacrifício da Missa, Jesus é, pois, a Vítima, como o foi na Cruz; e da mesma forma Êle é o Sacerdote que se imola, por intermédio do Sacerdote visível, seu legítimo representante. É sempre Jesus Cristo, quem sacrifica. É Êle quem na consagração pronuncia as palavras pela bôca de seu ministro: Isto é o meu Corpo.
Êste é o meu Sangue. E os seus sentimentos são os mesmos que Êle teve na Cruz. Eis por que podemos chamar à Santa Missa, a renovação ou melhor representação do Sacrifício da Cruz; êste, imolação cruenta, aquêle, Sacrifício incruento, única diferença existente entre ambos.

Nisto se resume tôda a significação e dignidade da Santa Missa: ela é o mesmo sacrifício como o do Calvário, igualmente santa e agradável a Deus. Por ela prestamos honra e suprema adoração a Deus, infinita ação de graças e satisfação superabundante. Também para nós os frutos são os do Sacrifício no Calvário: a satisfação pelas nossas culpas e as graças que o Cristo nos mereceu na Cruz.

Fonte:
  • Keckeisen, D. Beda.Missal Dominical.5a Edição.Bahia:Oficina Tipográfica do Mosteiro de São Bento,1949.360 páginas.
Para ler a parte 2, clique ação sagrada parte 2