segunda-feira, 22 de março de 2010

A SEMANA SANTA

A SEMANA SANTA 


A Semana Santa é a preparação última para a Ressureição de nosso Divino Salvador. Correspondendo à sua alta significação, distingui-se esta Semana por comoventes cerimônias e atos litúrgicos.

Cada dia é privilegiado, de sorte que nenhuma festa pode ser celebrada durante esta semana. As Orações, os Cânticos, as Leituras nos Ofícios e nas santas Missas relembram os grandes Mistérios  de nossa Redenção.

No domingo, chamado de Ramos, comemoramos a solene entrada de Jesus em Jerusalém e sua aclamação pelo povo dos judeus.

Na Quarta-feira, o grande sinédrio resolve condenar Jesus à morte e Judas vende por isso seu Mestre por trinta dinheiros.

Na Quinta-feira, assistimos à última Ceia, ao Lava-pés, à instituição do Sacrifício e do Sacramento da Eucaristia. E acompanhamos a Jesus em oração, no Horto das Oliveiras, vendo a sua prisão e a fuga dos discípulos.

Sexta-feira Santa é o dia da condenação do Salvador, de sua Crucificação e Morte na Cruz.

Sábado Santo é o descanso do Senhor na sepultura e o raiar do dia da Ressureição.

Como vemos, a Igreja se aprofunda mais e mais nos insondáveis Mistérios da Paixão do Salvador, até que a nossa tristeza atinge o mais alto grau dos últimos três dias. Os sinos se calam, os altares são despojados das toalhas. A história da Paixão nos é narrada pelos quatro Evangelistas. O Apóstolo São Paulo nos exorta para toda a Semana a participarmos dos sentimentos de Nosso senhor e de sua Igreja,dizendo na Epístola do domingo  de Ramos: " Hoc enim sentite in vobis, quod et in Christo Jesu" (Tende em vós os mesmos sentimentos que teve Jesus Cristo).

Cuidemos para que esta  semana seja para nós verdadeiramente santa, esforçando-nos por uma vida mais perfeita para que possamos participar dos frutos de nossa Redenção. Evitemos as distrações supérfluas para que o nosso espírito possa estar junto a Jesus. Enquanto for possível, assistamos às cerimônias e atos litúrgicos destes dias.

Como os catecúmenos, preparemo-nos para renovar e avivar em nós a graça bastismal. Como os penitentes públicos dos antigos tempos, tenhamos bem vivos os sentimentos de dor e arrependimento por nossos pecados, e com toda a santa Igreja, tenhamos firme esperança na vitória final, na Ressureição com Jesus Cristo para uma vida melhor.

Fonte:
  • Keckeisen, D. Beda.Missal Dominical.5a Edição.Bahia:Oficina Tipográfica do Mosteiro de São Bento,1949.360 páginas.

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