sexta-feira, 8 de março de 2013

TEMPUS FUGIT



“Diligência, meu filho, — diz o Espírito Santo, — em empregar bem o tempo, porque é a coisa mais preciosa, riquíssimo Dom que Deus concede ao homem mortal. Até os próprios gentios tinham conhecimento de seu valor. Sêneca dizia que nada pode equivaler ao valor do tempo. Com maior estimação ainda o apreciaram os Santos. Afirma São Bernardino de Sena que um só momento vale tanto como Deus, porque nesse instante, com um ato de contrição ou de amor perfeito, pode o homem adquirir a graça divina e a glória eterna.
O tempo é um tesouro que só se acha nesta vida, mas não na outra, nem no céu, nem no inferno. É este o grito dos condenados: “Oh! Se tivéssemos uma hora!”... Por todo o preço comprariam uma hora a fim de reparar sua ruína; porém, esta hora jamais lhes será dada. No céu não há pranto; mas se os bem-aventurados  pudessem sofrer, chorariam o tempo perdido na sua vida mortal, o qual lhes poderia ter servido  para alcançar grau mais elevado na glória; porém, já se passou a época de merecer...
E tu, meu irmão, em que empregas o tempo?... Por que sempre adias para amanhã o que podes fazer hoje? Reflete que o tempo passado desapareceu e já não te pertence; que o futuro não depende de ti. Só dispões do tempo presente para agir... “Ó infeliz!... — adverte São Bernardo, — por que ousas contar com o vindouro, como se Deus tivesse posto o tempo em seu poder?”.  E Santo Agostinho disse: Como te podes prometer o dia de amanhã, se não dispões de uma hora de vida? Daí conclui Santa Teresa: “Se não estiveres preparado hoje para morrer, teme morrer mal...” (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração XI).

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